As viagens na Europa serão recomendadas de acordo com as semelhanças dos impactos de risco entre os países
Em pleno verão europeu, os países do continente começam a relaxar as medidas de isolamento social com as autoridades lutando para resgatar a indústria de turismo da Europa, que responde por 10% da produção econômica da UE – gerada principalmente pelos países mais afetados como, Itália e Espanha.
Na última semana, a Comissão do Bloco Europeu aconselhou a UE a reabrirem suas fronteiras para países com perfis similares de risco em contágio do novo coronavírus, sob um plano para fortalecer a indústria turística em dificuldades.
De acordo com o documento, algumas restrições devem ser atendidas:
“As restrições às viagens devem primeiro ser levantadas em áreas com uma situação epidemiológica comparável e onde existem capacidades suficientes em termos de hospitais, testes, vigilância e capacidades de rastreamento de contatos“.
Para os turistas de outros países fora do continente, o acesso segue restrito até 15 de maio, sendo vetado a entrada de não residentes.
Confira a reabertura e as medidas adotadas pelos principais países europeus:
França

Na cidade mais visitada da Europa, os viajantes com Paris no topo da lista de lugares para visitar quando a crise do coronavírus estiver diminuído devem se preparar para uma longa espera. Isso porque, assim como o resto da UE, suas fronteiras foram fechadas para visitantes de fora do continente nos próximos dois meses.
A partir de agora, pelo menos até 24 de julho, quem entrar no país, com exceção de cidadãos da UE ou chegados do Reino Unido, estarão sujeitos a uma quarentena obrigatória de 14 dias.
Por fases, a França vai retomando suas atividades com a reabertura de escolas, restaurantes e cafés nas próximas semanas, ainda com ressalvas, o ministro do Interior da França, Christophe Castaner, deixou claro que o país permanece em “quarentena” e suas restrições de fronteira se estenderão até segunda ordem.
Até agora, 152.091 pessoas contraíram o coronavírus na França, enquanto 28.833, morreram de Covid-19, segundo dados atualizados pela Universidade Johns Hopkins.
Portugal

Augusto Santos Silva, ministro das Relações Exteriores de Portugal, disse ao jornal “Observador” que “os turistas são bem-vindos em Portugal”.
Ele disse que os turistas que voam para Portugal não estarão sujeitos a um período de quarentena, mas que haverá exames de saúde.
Até agora, 30.788 pessoas contraíram o coronavírus em Portugal, enquanto 1.330 morreram de Covid-19, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.
Grécia
Em um discurso, o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis disse que a temporada turística do país recomeçará em 15 de junho e que os vôos internacionais serão retomados gradualmente a partir de 1º de julho.
A Grécia teve o menor número de casos de Covid-19 na Europa, com 2.882 infecções confirmadas e 172 mortes.
Foi um dos países mais rápidos da região a impor medidas rigorosas de bloqueio, o que se acredita ter ajudado a manter o vírus sob controle.
O país começou a diminuir as restrições, incluindo a reabertura de mais de 500 de suas praias.
A imagem deslumbrante das belas paisagens gregas está no topo da página.
Espanha

O primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez anunciou no fim de semana que os turistas seriam autorizados a entrar no país a partir de julho.
Sanchez incentivou os estabelecimentos turísticos a começarem a se preparar para retomar as atividades e instou os espanhóis a planejarem suas férias domésticas, que muitos poderão realizar a partir do final de junho.
Na segunda-feira, o governo espanhol disse que a partir de 1º de julho os visitantes estrangeiros não precisam mais passar por uma quarentena de 14 dias após a chegada ao país.
No fim de semana passado, o Ministério da Saúde espanhol disse que as mortes diárias pelo coronavírus caíram abaixo de 100 pela primeira vez em dois meses.
Até agora, já confirmou 239.638 casos de Covid-19 no país e 27.127 óbitos pelo vírus.
Itália

A ministra italiana dos Transportes, Paola De Micheli, anunciou que o país reabrirá os aeroportos, permitindo transferências inter-regionais e internacionais a partir de 3 de junho, quarta-feira.
Isso ocorreu depois que o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte anunciou no fim de semana passado que a Itália abriria suas fronteiras para países da União Européia a partir de 3 de junho. Embora ele tenha dito que isso depende dos dados sobre o vírus, eles continuam sendo encorajadores.
Ainda a despeito do retorno, os políticos italianos temem a prática de xenofobia e pedem respeito.
Até o momento, um total de 233.197 pessoas contraíram o coronavírus na Itália, enquanto 33.475 pessoas morreram.