Grupos aprisionam,
Tal cela que liberta?
Uma vez, num poema,
Escrevi tais versos sórdidos,
A sordidez está presente neles,
Os falsos amigos.
Fui pisada, mas rio,
Gargalho versos em rumores,
Observo-os.
Pois no fim, meus queridos,
A mulher que aqui chora,
Vencerá, e renova,
O que vocês jogam fora.
O lixo inconveniente que sou,
A chatice presente em minha fala,
Provocações que muito me disseram,
Outrora,
Não mais agora!
O presente me é de fita,
Assim como o futuro é de bronze,
O ouro que me falta?
Já perdi,
Mas conquisto no fim da partida,
Pois sou a dama que enlouquece os seres,
E a bruxa que se faz princesa,
E o feitiço que te liberta.
E agora? Chora?
Pouco me importa,
Pois tudo que derramei,
Você bebeu e cuspiu.
O amanhã aflora,
E eu aqui?
Com minha caneta,
Meu papel,
Minha risada,
Meu amor em forma de homem,
E a felicidade plena que vocês pensaram ter,
Mas eu que a tenho.
Fugirá?
Fugirão?
Não há saída!
Enfrentem a vida,
Completamente sozinhos.
E eu não estou mais só.
Letícia Mariana
Escritora, palestrante e criadora de conteúdo na internet. Acadêmica da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil (ACILBRAS), ocupando a cadeira número 280, tendo como seu Patrono o Comendador Maestro Caaraura. Autora da obra ‘Entre Barbantes’, publicada em 2018 pela Editora Multifoco sob o selo ‘Birrumba’. Congressista no ‘Congresso Universal de Escritores’, sede em Lima, Peru. Participa de encontros virtuais internacionais e também de debates em rádios brasileiras.