Com a pandemia, algumas profissões estiveram em evidência; já outras, em queda brusca
O cenário sombrio. Pessoas adoecendo, risco de morte. Isolamento social. Como tudo isso afetou o mercado de trabalho? Quem lucrou? Quem perdeu? Vagas abertas para alguns, portas fechadas para outros.
A própria situação pandêmica já é capaz de responder por si sobre algumas profissões que se mantiveram em alta. A classe médica, incluindo não apenas os médicos, mas também enfermeiros, técnicos de enfermagem e de laboratório, foi profissão ascendente, e foi necessária a abertura de vagas, a fim de corresponderem à demanda de doentes. Algumas pesquisas revelaram que a psicologia foi uma profissão em queda, já que estar pessoalmente fazendo terapia na pandemia não condizia com a realidade vivida. Porém, como muitos, os psicólogos se reinventaram, através do atendimento online. Eles foram muito solicitados sim, contrariando essas falsas evidências, devido a depressão, crise de ansiedade, fobias etc, que muitos vivenciaram durante o isolamento social e com o medo do contágio.
Como muitos precisaram conter despesas, tanto pessoas físicas como jurídicas, os profissionais especializados em planejamento e gestão financeira, e os administradores de empresas foram profissionais muito solicitados durante a crise.
Outras profissões que estiveram em alta e é uma tendência que assim permaneçam, são as das áreas do Marketing e Comunicação Social. As empresas, e também as pessoas físicas, precisavam vender seus produtos, mesmo com as lojas fechadas, e esses profissionais da comunicação e propaganda fizeram toda a diferença, principalmente nas mídias digitais.
A agricultura permaneceu em alta. Os mercados e farmácias, fazendo parte do comércio essencial, mantiveram algumas profissões em evidência, como farmacêuticos, operadores de caixa, estoquistas, atendentes e repositores.
Com o aumento do consumo via delivery, não faltou trabalho para os entregadores.
Para a classe da educação, os professores de escolas propriamente dita continuaram realizando suas atividades online, através das plataformas ( lembrando que os profissionais da informática estiveram em alta como nunca, desenvolvendo plataformas e demais formas de comunicação online), porém, professores de cursos, de artesanatos e os demais, tiveram prejuízo econômicos na pandemia.
Muitas academias de ginástica fecharam suas portas, por não suportar a crise. Aconteceu também com pequenos comerciantes e ambulantes, sem reservas. Com a renda reduzida, mesmo as grandes lojas comerciais faturaram menos, já que os consumidores diminuíram seus gastos.
Os profissionais do ramo hoteleiro e os agentes de viagem também foram profissões que estiveram em queda, juntamente com os do setor cultural e de divertimento. Cinemas, teatros e afins, ainda, na maioria das cidades, não estão abertos para funcionamento. E ainda, devido ao isolamento social, as diaristas e secretárias do lar tiveram prejuízos em suas rendas, assim como os motoristas de aplicativos.
Muitas destas profissões em queda já estão em vias de estabilidade, com a flexibilização do isolamento e distanciamento social; outras permanecem no vermelho. Algumas profissões vieram para ficar, já que a comunicação via digital e as entregas via delivery viraram preferência de muitos pela praticidade.
Esperamos pelo fim da pandemia, para que todos os setores, dentro do possível, possam estar se reerguendo.
Claudia Lundgren, é escritora e educadora infantil. Doutora Honoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos, é membro de diversas Academias de Letras, e colunista no Jornal Cultural Rol. Recebeu diversos prêmios por seus trabalhos literários. Participou de várias Antologias Poéticas, e é autora de dois livros solo: “Alma de Poeta” e “Simplesmente Poemas”.