ATENÇÃO! TEXTO COM SPOILERS. Se você ainda não viu o último episódio da última temporada de Game of Thrones não leia este texto!
Acabou! Depois de 8 anos, 8 temporadas, 73 episódios, incontáveis personagens, tramas e mortes, uma das melhores séries de todos os tempos (está em 6º no Ranking do IMDB, site que calcula as notas dos próprios internautas), vencedora de 1 Globo de Ouro e vários Emmys, a saga da família Stark terminou.
Sim, a história é sobre a família de Ned Stark, protagonista da série que morre no último episódio da primeira temporada. Tudo que acontece ao redor, inclusive a batalha contra o Rei da Noite e a própria Guerra dos Tronos é pano de fundo para contar a história desta família.
Embora o melhor personagem da série seja o anão Tyrion Lannister. O arco deste personagem é incrível, de pária da própria família, irresponsável, para uma das pessoas mais importantes do reino e Mão do Rei. Aliás o último episódio é dele. Ele reina absoluto. Atuação digna de Globo de Ouro, Emmy, ou qualquer outro prêmio da TV. O diálogo dele com Jon Snow talvez seja o melhor diálogo de toda a série e um dos melhores dos últimos tempos da TV.
Lendo e vendo comentários nas Redes Sociais e de amigos sobre o final vejo pessoas que odiaram e pessoas que gostaram muito. Eu me encaixo na segunda parte. E a única explicação que eu encontro para quem não gostou é a seguinte: uma decepção particular pelo final não ter sido como a pessoa esperava.
E o que as pessoas queriam? Jon Snow Rei? Daynerys e Jon juntos? Mais uma batalha? Será que as pessoas focam apenas no final e esquecem a jornada? Eu, como todas as outras que assistiu a série, imaginava várias alternativas para o final. Errei quase todos os meus palpites e fiquei extremamente satisfeito com o que eu vi.
O desfecho dos 4 irmãos não poderia ser melhor: Bran, Rei de Westeros e protetor dos Seis Reinos; Sansa, coroada Rainha de um Norte finalmente independente; Arya, uma aventureira desde o princípio, indo explorar o desconhecido Oeste e finalmente Jon Snow, que abriu mão de tudo, afinal de contas “o dever é a morte do amor”, para ser banido e voltar para ser o Lorde Comandante do Castelo Negro e, pelo que indica as últimas cenas, ser o Rei Para-Lá-da-Muralha, e povoar aquela Região,
Por fim quero destacar as melhores cenas deste último episódio: além dos já citados diálogo entre Tyrion e Jon Snow e o desfecho dos Stark, eu destaco: Tyrion jogando o broche de Mão do Rei para longe; Jon matando Daynerys; Drogo queimando e derretendo o Trono de Ferro, que simbolismo tem esta cena; Brienne, em uma cena lindíssima, concluído a história de Jamie Lannister no livro dos heróis e finalmente a cena do conselho, com um Sam com uma “utópica” ideia de democracia e finalmente o emocionado discurso de Tyrion a favor da escolha de Bran, para ser Rei de Westeros e desta forma “quebrar a roda”, como tanto pregava Dayneris, e de certa forma, ainda sem a ousadia sugerida por Sam, introduzir a democracia em Westeros.

Formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, com pós-graduação em Comunicação e Mídia pela Universidade de Florença, na Itália. Produtor da Rádio Nova Difusora Am 1540, onde idealizou e dirigiu, dentre outros programas: Contra-Ataque, Nova Esportes, Difusora Esporte Clube e Difusora Social Clube, sempre com ênfase no esporte e na cultura. Na mesma emissora, entre 2008 e 2018, foi produtor e coordenador de esportes.
Francisco Rossi Junior – MTB: 39.165